Envio de Candidaturas ao Exercício de Caça 2009-2010

A ACVF - Associação Caçadores de Vale Frechoso informa todos os caçadores, de que poderão realizar as suas candidaturas através das seguintes formas:
fax - 278 516 145
correio:
ACVF - Associação Caçadores Vale Frechoso
Av. Igreja, 1
Apartado 40
Vale Frechoso
5360-909 Vila Flor

Candidatura ao Exercício de Caça em ZCN

Este impresso (Mod. DGRF 173-07B) encontra-se disponível na pagina do Ministério da Agricultura.

Pode descarregar o este modelo no seguinte endereço electrónico:

http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/outros/formulario/caca/zcm-candidatura-ao-exercicio-da-caca/zcm-candidatura-ao-exercicio-da-caca

Mapa Anual do Exercício de Caça 2009-2010

Poderá consultar tanbem esta informação em:

O Javali (Sus Scrofa)

Depois de décadas de ausência do nordeste transmontano, o JAVALI (Sus Scrofa) parece ter regressado em força, como o comprovam as frequentes queixas dos agricultores, nas culturas de quem estes suínos saciam o apetite voraz de que são dotados. Animal furtivo e difícil de observar por parte o homem, a sua identificação é contudo muito fácil, mais não seja pelas suas parecenças com o porco doméstico: silhueta compacta e poderosa, membros curtos e fortes, ausência aparente de pescoço e cabeça grande e afunilada, conferindo-lhe um aspecto sólido e resistente. A pelagem, entre o cinzento escuro e o negro nos adultos, é constituída por pêlos mais ou menos compridos - as cerdas - que exalam um forte odor. A pelagem é mais densa no Inverno, apresentando um subpêlo rijo e denso que não se observa nos porcos domésticos. Até aos cinco/seis meses de idade tem uma pelagem amarelada, com riscas horizontais de cor castanho-claro no dorso. Os machos chegam a medir 150 cm e a ultrapassar os 100 kg de peso; as fêmeas, de menores dimensões, medem entre120 e140 cm e pesam cerca de 80 kg.
O javali apresenta uma actividade essencialmente crepuscular e nocturna. Durante a maior parte do ano verifica-se e existência de dois grupos sociais distintos, um constituído por fêmeas com crias e juvenis de ambos os sexos e outro por machos adultos e sub-adultos, que apenas se aproxima do grupo de fêmeas e jovens na época da reprodução. Ocorre por vezes a presença de machos adultos solitários. Tal como o porco doméstico, também o javali é um animal omnívoro, mas sobretudo herbívoro; assim, os elementos constituintes da sua dieta são frutos, raízes, bolbos, tubérculos, partes aéreas de pequenas plantas, larvas de insectos, pequenos vertebrados (ratos, lebres, coelhos), ovos e mesmo cadáveres de outros animais. Regista-se no entanto uma preferência nítida por bolotas, castanhas e cereais, o que produz necessariamente incompatibilidades com a exploração agrícola. Em termos de habitat, esta espécie necessita sobretudo de dois elementos: extensas zonas de abrigo - essencialmente constituídas por matos cerrados - e presença de água.
Tem os sentidos da audição e do olfacto bem desenvolvidos, ao contrário da visão. Tem também um paladar excepcional, chegando a distinguir diferentes qualidades de batatas.
A época da reprodução é entre Novembro e Janeiro. A gestação tem uma duração de 110 a 130 dias, ocorrendo pois os nascimentos entre Fevereiro e Abril. Cada fêmea tem uma a duas ninhadas por ano, sendo cada uma delas constituída por duas a sete crias. Tanto os machos como as fêmeas atingem a maturidade sexual com 8 a 10 meses de idade.
Em cativeiro podem atingir a idade de 20 anos, mas em liberdade vivem apenas um máximo de 8-10 anos, sendo a caça a principal causa de mortalidade.

A Raposa (Vulpes Vulpes)

A RAPOSA (Vulpes vulpes) é o carnívoro selvagem com maior distribuição e abundância do mundo. Tem um focinho esguio, rematado por umas orelhas longas e pontiagudas, e uma cauda espessa e vistosa com cerca de 50 cm de comprimento. A pelagem é castanho-avermelhada, e as patas estão dotadas de garras não retrácteis. O corpo e a cabeça apresentam um comprimento que pode variar entre 60 a 90 cm, e um peso entre 5 a 10 kg. As fêmeas são sensivelmente menores que os machos.
É um animal com uma actividade essencialmente crepuscular e uma dieta quase exclusivamente carnívora. Dela fazem parte pequenos mamíferos - coelhos, lebres, ouriços-cacheiros -, aves, peixes, insectos, e ocasionalmente frutos silvestres e cultivados. Os desperdícios humanos são também procurados em épocas de maior carência, sendo por isso comum aproximarem-se de lixeiras próximas de centros urbanos. Consome cerca de 500 g de alimento por dia. O que não caça e não come no próprio dia esconde para consumo superior. Chega a ter cerca de 20 esconderijos de comida, conseguindo lembrar-se de todos eles. Nas zonas rurais, por vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso, o que lhe vale uma má fama entre essas comunidades. Vive em grupos, formado por um macho adulto e várias fêmeas.
A época de acasalamento ocorre em Janeiro/Fevereiro e os nascimentos verificam-se na Primavera, tendo a gestação uma duração de cerca de dois meses. A ninhada - uma por ano - é geralmente composta por 4 a 5 crias. Utiliza tocas escavadas e protegidas pela vegetação, construídas por ela própria ou aproveitando as de texugos ou coelhos. Vive um máximo de 9 anos.

A Lebre (Lupus Capensis)

A LEBRE (Lepus capensis) com alguma frequência confundida com o coelho, a lebre distingue-se contudo facilmente dessoutro lagomorfo pelo tamanho superior (50 a 70 cm e um peso entre 2 e 7 kg), pela cor amarelo-acastanhado (mais acentuada nas partes superiores) e sobretudo pelas grandes orelhas, maiores que o comprimento da cabeça e negras na extremidade. Outras das características mais notáveis na lebre é o grande comprimento dos seus membros posteriores, o que lhe permite adquirir velocidades na ordem dos 60 km por hora. Além disso, também nada bem e trepa sem dificuldades. Os olhos, posicionados lateralmente, possibilitam um campo de visão de quase 360º.

Um excelente sentido do olfacto e umas orelhas compridas que possibilitam uma boa audição, permitem a localização a grande distância. Estas características, aliadas à sua velocidade, permitem-lhe escapar aos seus predadores com alguma facilidade. Além disso, quando se alimenta passa quase despercebida, já que baixa as orelhas horizontalmente sobre o dorso e se mantém agachada junto ao solo. Assim, a sua principal causa de declínio prende-se com a caça, já que é uma espécie cinegética muito apreciada, e com a actividade agrícola (utilização de máquinas, que destroem as tocas, e herbicidas).

Sendo uma espécie herbívora, a base da sua alimentação é constituída por ervas e colheitas agrícolas. É um animal solitário que habita quer em bosques protegidos quer em terrenos abertos, com vegetação adequada. Normalmente tem uma a três ninhadas por ano; o período de gestação é de 42 a 44 dias e a ninhada é constituída por uma ou duas crias (raramente três), com cerca de 100 g de peso, que, ao contrário dos coelhos, nascem já de olhos abertos e com pêlo, sendo amamentadas até às três semanas. Alcançam o peso de adulto aproximadamente aos 150 dias. O macho atinge a maturidade sexual aos seis meses e a fêmea aos sete/oito meses. Vive um máximo de 9 anos.

O Coelho (Oryctolagus cuniculus)

O COELHO (Oryctolagus cuniculus) é uma das espécies cinegéticas portuguesas de maior importância, devido à facilidade com que se reproduz e aos números elevados que as suas populações atingem. É um pequeno herbívoro que mede entre 35 e 50 cm e pesa entre 1,2 e 2,5 kg. Tem uma pelagem de cor acinzentada com laivos amarelo-acastanhados na nuca e nas patas, e a face anterior esbranquiçada; as orelhas são relativamente curtas (menores que o comprimento da cabeça). Quando em movimento, identifica-se facilmente pelo seu estilo de corrida em apertados ziguezagues.

Vive em zonas onde o mato é abundante, preferindo os terrenos secos e arenosos, mais fáceis para a construção de tocas. A alimentação é constituída essencialmente por plantas herbáceas, raízes, grãos e mesmo cascas suculentas de algumas árvores. É um animal de hábitos nocturnos e crepusculares, embora possa ser visto durante o dia quando não há interferência humana. Vive em colónias, que, em caso de densidades elevadas, podem atingir os 20 indivíduos.

O coelho reproduz-se quase todo ano, embora seja mais activo entre Março e Maio. Com um período de gestação de apenas 28/33 dias, cada fêmea tem três a sete ninhadas por ano, produzindo cada ninhada entre duas a sete crias, cegas, surdas e sem pêlo, que, ao fim de 3,5 meses no caso das fêmeas e 4 meses no caso dos machos, já estão aptas a reproduzir. Tem uma longevidade máxima de nove anos

O Pombo-Trocaz (columba palumbus)

O POMBO-TROCAZ (Columba palumbus) é o maior de todos os pombos, chegando a medir mais de 40 cm. É também a espécie europeia mais comum. É cinzento na parte superior e cor-de-rosa na parte inferior. A cauda tem uma faixa preta na extremidade. O bico é vermelho, curto e fino. Alimenta-se de sementes e grãos, pelo que não tem grande fama junto dos agricultores. Faz o ninho numa plataforma de ramos, numa árvore, onde põe dois ovos brancos, que são incubados tanto pelo macho como pela fêmea durante 17 dias.

A Rola (streptopelia turtur)

A ROLA (Streptopelia turtur) é uma ave da mesma família dos pombos e distingue-se destes por ser mais pequena (28 cm) e de silhueta mais esbelta; em voo nota-se o batimento de asas mais irregular e a cauda negra com barra terminal branca. Outra característica notável é a existência de listras pretas e brancas no pescoço. É uma ave migradora que invernando no continente africano, vem nidificar à Europa; a sua entrada dá-se a partir do mês de Abril e chegam até ao sul da Escócia e ao norte da Alemanha. De fins de Julho a fins de Setembro, e mesmo princípios de Outubro, partem para a sua área de Inverno, na Africa tropical (Gâmbia, Senegal, norte da Nigéria, Chade, Sudão, Abissínia e Eriteia), registando-se as grandes entradas nestes países em meados de Setembro. A sua alimentação baseia-se em sementes de plantas espontâneas e de plantas de cultivo, cereais, mas também come insectos, embora em pequena percentagem.

As rolas são normalmente vistas aos pares ou em grupos que podem atingir os cinquenta elementos. São aves tímidas, mas que se fazem ouvir de forma notável no Verão, com o seu arrulho de chamamento. Os primeiros ninhos são feitos em Maio, construídos rudimentarmente com gravetos entrecruzados, em árvores várias e também em silvados, tojos e arbustos diversos. A postura e de dois ovos, raramente um; a incubação é feita por ambos os sexos e dura 13 a 14 dias.

A Perdiz (alectoris rufa)

A PERDIZ (Alectoris Rufa) é uma das espécies cinegéticas preferidas dos caçadores portugueses e bastante abundante no nordeste transmontano.

Para além da Península Ibérica, apenas se encontra presente em França, Norte de Itália e parte da Grã-Bretanha, onde foi introduzida. Costuma andar em pequenos bandos, com um máximo de 15 indivíduos. Voa rente ao solo, depois de uma pequena corrida para tomar balanço. É uma excelente andarilha e tem um tamanho entre 35 e 40 cm.

Apresenta os flancos caracteristicamente estriados de castanho e branco, com uma linha preta contornando o branco das faces e descendo até ao peito, onde forma um colar negro e de onde partem estrias da mesma cor que salpicam o cinzento do peito. As costas e a parte superior da cabeça são num quente tom de castanho, o bico e as patas vermelhas. O macho é maior e mais pesado do que a fêmea, apresentando uma cabeça mais volumosa.

É uma ave que prefere especialmente as zonas de culturas cerealíferas, mas também se pode encontrar na periferia das áreas incultas ou matos, por vezes também em vinhas. A sua alimentação é essencialmente insectívora no primeiro ano de vida, e evolui depois radicalmente por forma a englobar produtos de origem quase só vegetal.

O acasalamento destas aves ocorre geralmente entre Fevereiro e Março, podendo haver alterações conforme as condições atmosféricas; fazem o ninho geralmente no chão, junto a tufos de ervas, debaixo de ramos secos, junto a linhas de água. A postura é feita entre Abril e Maio, com um número de ovos (amarelados com manchas avermelhadas) entre 8 e 23 (em média 12); a incubação dura cerca de 23 dias, e por vezes em dois ninhos, um incubado pelo macho e outro pela fêmea.) é uma das espécies cinegéticas preferidas dos caçadores portugueses e bastante abundante no nordeste transmontano.

Para além da Península Ibérica, apenas se encontra presente em França, Norte de Itália e parte da Grã-Bretanha, onde foi introduzida. Costuma andar em pequenos bandos, com um máximo de 15 indivíduos. Voa rente ao solo, depois de uma pequena corrida para tomar balanço. É uma excelente andarilha e tem um tamanho entre 35 e 40 cm.

Apresenta os flancos caracteristicamente estriados de castanho e branco, com uma linha preta contornando o branco das faces e descendo até ao peito, onde forma um colar negro e de onde partem estrias da mesma cor que salpicam o cinzento do peito. As costas e a parte superior da cabeça são num quente tom de castanho, o bico e as patas vermelhas. O macho é maior e mais pesado do que a fêmea, apresentando uma cabeça mais volumosa.

É uma ave que prefere especialmente as zonas de culturas cerealíferas, mas também se pode encontrar na periferia das áreas incultas ou matos, por vezes também em vinhas. A sua alimentação é essencialmente insectívora no primeiro ano de vida, e evolui depois radicalmente por forma a englobar produtos de origem quase só vegetal.

O acasalamento destas aves ocorre geralmente entre Fevereiro e Março, podendo haver alterações conforme as condições atmosféricas; fazem o ninho geralmente no chão, junto a tufos de ervas, debaixo de ramos secos, junto a linhas de água. A postura é feita entre Abril e Maio, com um número de ovos (amarelados com manchas avermelhadas) entre 8 e 23 (em média 12); a incubação dura cerca de 23 dias, e por vezes em dois ninhos, um incubado pelo macho e outro pela fêmea.

Espécies existentes

A área de caça da nossa Freguesia é rica e diversificada em especies...
No âmbito da caça menor temos a PERDIZ como rainha, que muito nos orgulha a sua bravura. O COELHO também muito apreciado e estimado, graça por estas terras, fruto de uma ainda, agricultura tradicional e amiga da natureza. O TORDO como não poderia deixar de ser, é a espécie migratória com maior abrangência e maior tradição nesta região, procurando-a nos meses de Inverno, para se alimentar nos graciosos olivais, alguns com mais de duzentos anos.
Como caça maior passeia-se, alimenta-se e acoita-se o poderoso e robusto JAVALI, que em noites de lua cheia se realiza nossa anual montaria, que proporciona inesquecíveis lances.

Associação de Caçadores de Vale Frechoso

A Associação de Caçadores de Vale Frechoso foi fundada em 27 de Fevereiro de 2004, tendo como principal objectivo a defesa e preservação das espécies cinegéticas no seu estado selvagem.
Inserida na Terra Quente do Nordeste Transmontano, Freguesia de Vale Frechoso no Concelho de Vila Flor, a nossa Zona de Caça Municipal assenta essencialmente em terreno de olival, modéstia à parte, é de onde provém um dos melhores azeites do mundo. Temos sempre presente que também nós caçadores podemos contribuir de uma forma decisiva para a melhoria do meio ambiente, coabitando harmoniosamente e de uma forma sustentada com a caça.